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quinta-feira, 4 de março de 2010

Organização do dossier técnico-pedagógico

Programa da acção e respectivo cronograma

Dada a natureza desta actividade, entende-se que o seu programa e cronograma não pode apresentar uma estrutura rígida e pré definida, antes construindo-se ao longo do processo e com base numa negociação entre tutor, aluno e família. Contudo, deverão ser definidos à partida e apresentados neste ponto os objectivos que se pretendem atingir com a acção e a sua forma de organização, nomeadamente identificando a estrutura (Gabinete de Apoio ao Aluno, GAAF, etc.) em que estará ancorada a actividade, explicitando como se fará a detecção dos casos a apoiar, o perfil e as formas de selecção de professores-tutores. À medida do desenvolvimento da actividade, e após ter sido negociado e acordado com os alunos o cronograma do apoio tutorial, este deverá ser acrescentado neste ponto do dossier técnico-pedagógico, explicitando as actividades programadas por cada aluno apoiado.

Manuais, Textos de Apoio e Recursos Pedagógicos e Didácticos a que se recorra no decurso da acção

- Os modelos de tutoria que orientam o trabalho dos professores-tutores e os recursos técnico-pedagógicos e didácticos a que recorram no âmbito do apoio prestado deverão ser apresentados ou referenciados neste ponto.

Indicação dos professores ou outros técnicos que intervêm na acção

• Nome do responsável e de todos os técnicos e professores que intervêm na acção;

• Currículos dos vários responsáveis, técnicos e professores afectos a acção e a cada actividade;

• Tempo de dedicação à acção e responsabilidades em cada uma das actividades que compõem a acção de cada um dos responsáveis, técnicos e professores afectos a acção e a cada actividade;

Identificação do grupo-alvo

Identificação dos critérios de selecção dos alunos a acompanhar e procedimentos de definição do grupo-alvo;

Listagem dos alunos a acompanhar no regime de tutoria;

Diagnóstico de necessidades de cada aluno;

Sumário das sessões, relatórios de actividades, e/ou outros registos

- Para cada aluno beneficiário de tutoria deve, com base no diagnóstico de necessidades, ser elaborado um plano de acompanhamento individual em que constem as actividades em que participou e os trabalhos realizados e que deverá ser apresentado neste ponto.

Também deverão ser apresentadas neste ponto as actas ou outros registos de actividades de organização e gestão do processo tutorial (e.g. reuniões com directores de turma, entre professores-tutores e outras)

Registos de beneficiários

- Folhas de presença contendo:

• Nome da acção;

• Actividade realizada;

• Data da participação ou do contacto;

• Nome do aluno/ encarregado de educação;

• Assinatura;

Dependendo do tipo de actividade ou de destinatário o tipo de registo pode assumir outras formas, desde que permitam reconhecer a execução da acção.

Registos de actividades/ relatórios de trabalho

- Os relatórios intercalares ou finais habitualmente elaborados pelas escolas, as fichas de trabalho elaboradas nos clubes assim como o resultado de outras actividades desenvolvidas são apresentadas neste ponto;

Informação de carácter avaliativo

- Os dados do diagnóstico de necessidades, os relatórios de progresso individual dos alunos acompanhados, bem como a reflexão crítica em torno do trabalho realizado são elementos que devem constar deste ponto. Para além de uma análise individual, que deverá estar a cargo do professor-tutor responsável pelo aluno em causa, o responsável pela acção deve complementar este ponto com uma análise de conjunto relativa às tutorias no global, nomeadamente analisando o progresso dos alunos acompanhados no que ao sucesso educativo diz respeito.

Originais de toda a publicidade e informação produzida para a divulgação das Acções

- Devem ser compilados no dossier técnico-pedagógico os originais de toda a publicidade e informação produzida para a divulgação das Acções.

Sugestões de actividades para o espaço de tutoria

O Boneco

A turma é dividida em 3 grupos. Cada grupo deverá trabalhar isoladamente e receber a instrução, por escrito, de que tem de desenhar duas partes do corpo humano.

Depois de terem feito o desenho, o grupo reúne e tenta montar o boneco. Como muitas partes do corpo irão faltar ou estar repetidas, inicia-se um debate em que se procura estabelecer alguma analogia com o funcionamento do grupo e a necessidade de cada um assumir diferentes funções. Nesta altura, poderão ser colocadas questões como:

a) Qual a semelhança (ou a diferença) entre o boneco montado e o grupo?

b) Quando como o boneco o grupo não tem olhos, não tem pernas…o que é que lhe acontece?

c) Quando o grupo tem “muitas pernas, muitos olhos”, o que é que lhe acontece?

Desenvolvimento adicional:

Caso o grupo adira positivamente à actividade, os animadores poderão prosseguir com a sugestão de uma actividade adicional.

Cada participante recebe uma folha branca que é colada nas costas. Os participantes recebem marcadores e deverão ir escrevendo nas costas uns dos outros uma parte de corpo que cada um acaba por representar no grupo.

Depois de circularem pela sala e de irem escrevendo nas costas uns dos outros que parte do corpo cada um acaba por representar no grupo, é aberto um plenário em que a função de cada um é consensualizada. No final da actividade, deverá ser possível montar o corpo nas suas partes essenciais, pelo que não poderão ser repetidas partes do corpo (quando muito, um poderá ser o braço esquerdo e o outro poderá ser o braço direito).

No fim, deve resultar clara a reflexão que embora todos desempenhem funções diferentes, todos são necessários.

Recursos necessários:

Papel de cenário (para montar o corpo);

Cola;

Tesouras;

Marcadores;

Folhas brancas;

Fita adesiva.

Somos todos diferentes

A turma é dividida em grupos de 3 ou 4 alunos. Cada grupo terá de contornar o corpo de um colega, contra uma folha de papel de cenário aberta no chão. Após o contorno ter sido concluído, o grupo deverá proceder ao seu preenchimento, usando como mão dominante aquela que habitualmente não é usada (ou seja, se é dextro deve usar a mão esquerda e vice-versa).

Depois de concluído o preenchimento do contorno desenhado na folha de papel de cenário, é iniciado um plenário com as seguintes questões:

- Como se organizaram em grupo? A estratégia que seguiram foi a mais adequada? Poderiam ter procurado outra forma de organização?

- E quando usaram a mão que normalmente não usam, para trabalhar? Foi fácil? Como se sentiram? Desenquadrados? Desajeitados? Incompetentes? Já se sentiram da mesma forma noutras situações? Quais? Já se sentiram dessa forma nesta turma? Quando? O que acham que vos levou a sentir-se dessa forma? Poderiam ter feito alguma coisa para que o vosso ou a vossa colega se sentisse melhor?

Deste questionamento devem resultar algumas conclusões:

- Por vezes, sentimo-nos adequados, rejeitados, postos de parte. Essa situação gera sentimentos desagradáveis e todos já os sentimos na nossa vida.

- Num grupo, a integração depende de todos, de quem se sente rejeitado e de quem, eventualmente, tem posturas discriminatórias.

- Para promover a integração é importante mobilizar um conjunto de competências (usar as próprias conclusões dos alunos acerca deste ponto).